18 de dez. de 2012

Peças Que Não Se Encaixam




A estranha sensação de ser um cubo mágico fora de ordem. Acontecimentos e consequentes sentimentos que despontam para a visão de um mundo que insiste em fechar todas as passagens, atalhos e quaisquer vestígios de direções que levarão ao caminho certo. Acompanha daí o encaixar perfeito da metáfora que se revela num ser que esforça-se diariamente para ir adiante, mesmo com todas as dificuldades impostas por inúmeros seres inferiores, chegando com garra e louvor à metade do caminho ou quase ao prestígio de sua vitória mas é puxado pelo enorme elástico que o envolve inteiramente, atraindo-o brutalmente como um forte raio de luz, retrocedendo-o em todos aqueles esforços para o: início. Para onde tudo começa e nada é certo. O zero. E daí o mundo se insegurança, medo e afins tomam conta. 

Decisões erradas? (Ou mais radical) Carma? Chances de um recomeço? Complicadas indagações. Talvez influências negativas embotando ao mundo que cega o que é verdadeiro e benéfico, escondendo a bela virtude do caminho escolhido, disfarçando-o em espinhos e obscuros arbustos, afim de cansar e causar desistência  uma vez que o caminho certo é difícil, árduo, estreito. 

Mas como saber o certo? E se o certo for de fato o mais complexo, implicante e desanimador? Ou o contrário, quando por exemplo algo não dá certo pois não tem de acontecer? Sobretudo são lições da vida. Errando aprendemos. Por isso devemos tentar, dizem.  

Destaco, então, outro aspecto: estes erros podem ser positivos se tomados de aprendizados. Penso, em minha humilde reflexão, que erros podem ser vistos como tentativas. Tentativas, não arrependimentos. Se não tivesse arriscado, como seria? É preferível ter a certeza de que Fazer, independente do resultado, é melhor do que a incerteza do "e se tivesse feito?", mesmo que as consequências do ato não forem satisfatórias.

E dia a dia muitos tentam achar, no vai e vem rotineiro, respostas para acontecimentos da vida. Especulando de diversas formas as consequências, as decisões, as mudanças...baseando-se em seus próprios atos ou sendo egoísta o suficiente para não perceber que plantamos o que colhemos, enfim. Contudo a vida é um mar. Uma roda gigante em viciosos altos e baixos. Parece clichê, mas é preciso saber viver.


                            Laura B